É possível que o milho como segunda safra na Alemanha realmente dê um rendimento decente? O agricultor Stefan Vogelzang, da cidade de Reda-Wiedenbrück, no estado da Renânia do Norte-Vestfália, testou no ano passado se valia a pena colher uma segunda colheita após a cevada de outono e ficou agradavelmente surpreendido com os bons resultados, relata a publicação eletrónica local AgrarHeute.
Vogelzang colheu cevada com um rendimento de sementes de 8 toneladas por hectare. “Não era o ideal, mas com esses rendimentos o aluguel das áreas locadas já estava pago”, afirma. Na Alemanha, traduz-se na primeira colheita, e a segunda, neste caso o milho, pode ser utilizada para uma produção de rações economicamente eficiente.
O milho ficou no campo por 117 dias e, no dia 5 de novembro, o agricultor pôde colher, verificando imediatamente sua quantidade e qualidade com um espectrômetro infravermelho próximo integrado. O rendimento foi de 33 toneladas por hectare, o que representa cerca de dois terços da colheita única habitual, e com 33% de matéria seca é ideal para uma segunda colheita, pois a fermentação do ácido láctico na silagem decorrerá sem problemas. .
Junto com o milho, a Vogelzang também experimentou gramíneas campestres como segunda safra e neste caso conseguiu realizar 2 roçadas, obtendo boa qualidade. Na forragem, as gramíneas relativamente úmidas e o milho seco complementam-se bem. A análise dos ingredientes feita pelo agricultor é interessante: o menor teor de cinzas brutas no milho (4,7% vs. 9,9% no capim) afeta a engorda. “O alto teor de cinzas brutas retira a energia da alimentação principal. Embora alimentemos apenas raças de carne e não tenhamos que pensar na produção de leite, os touros também precisam ser alimentados de forma saudável. Muita grama molhada causa problemas de diarreia e liberação de muita energia no estômago, intestino delgado e grosso, por isso colocamos também mais palha”, explica.
Vogelzang está convencido da eficácia do sistema de 2 colheitas na Alemanha. “Contamos com diferentes elementos forrageiros – milho de 100 dias e capim como segunda safra – para produzir forragem com boa relação custo-benefício. Conseguindo 2 safras, podemos aproveitar melhor os recursos”, ressalta.

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